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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Top 5: Álbuns de 2015

Chegou o final de ano e com ele aquela época boa de fazer year in review e dar umas choradas sobre como o ano foi ruim ou maravilhoso (nesse caso, ruim, né? Vamos combinar). Pra não cair no buraco de lamentações tão cedo, afinal ainda temos mais algumas semanas de 2015 pra sobreviver, que tal falar do que já tá certinho e aquecido no coração? Eu topo, e por esse motivo em uma série de posts despretensiosos (cof cof assim como o blog inteiro cof cof) pretendo contar um pouco do que achei ou deixei de achar de 2015. 

Meus álbuns favoritos do ano foram:

5. Beneath the Skin - Of Monsters and Men

Precisei me esforçar muito pra escolher entre o Beneath de Skin do Of Monsters e o Wilder Mind do Mumford. De ambos os álbuns eu esperei mais, e mais de algo parecido com aquilo que a gente já conhecia, que era ótimo e possuía um quê a mais completamente diferente. Ambas as bandas mudaram um pouco (ou muito) o estilo de suas músicas, e por mais que eu ainda prefira o estilo antigo, os dois álbuns eu ouvi muito e curti bastante. No entanto, o Beneath the Skin tem uma pequena vantagem, e por isso ocupa o quinto lugar. É um álbum mais calmo que o anterior, mas que mantém a mesma pegada de fantasia que combina muito com o Of Monsters and Men. 
♥♫ We Sink, Wolves Without Teeth, Empire


4. In Colour - Jamie XX

Por alguns meses o In Colour foi meu companheiro de busão, o álbum vibe chill do Jamie XX foi uma das boas surpresas do ano. O cara, pra quem não sabe, é uma das cabeças do The XX, o que por si só já justifica 80% o estilo do álbum. In Colour é álbum levinho, bom de ouvir numa tacada só, de preferência numa rede pegando vento ou numa road trip com janelas abertas (não fiz nenhuma das duas coisas, mas totalmente faria). Recomendo.  
♥♫ I Know There's Gonna Be (Good Times), Gosh, Stranger In A Room


3. How Big How Blue How Beautiful - Florence + The Machine

Eu AMO a Florencia. Ela e a Máquina são um amor antigo, em que tudo o que eu tinha pra consumir deles era um álbum prestes a ser lançado, com o nome de Lungs. Desde lá o amor é forte e fiel, e se tem uma coisa em que eu acredito piamente é que jamais serei decepcionada por Florence + The Machine. Quando anunciaram que teria show deles no Lolla do ano que vem eu entrei em colapso e é claro que dessa vez não vou perder de assistir essa força da natureza ao vivo (que nem eu perdi na vez que teve em Floripa). HBHBHB é maravilhoso, poderoso, um pouco sofrido e lindo. Penso que Various Storms & Saints é uma das músicas mais bonitas qual a Florence já deu vida. Vale a pena.
♥♫ Hiding, Which Witch, Queen of Peace


2. Kintsugi - Death Cab for Cutie

A bandinha favorita da vida lançou álbum novo esse ano e foi tudo o que eu poderia ter esperado. Voltando pra sua famigerada fossa, Ben Gibbard e seus companheiros fizeram de novo quando, lá em março, nos entregaram um álbum fechadinho e do jeitinho que a gente gosta (sofrível e adorável). Por óbvio eu fangirlei e dediquei um post inteirinho, cheio de gifs e surtos, só pra falar do terapêutico Kintsugi. 
♥♫ Ingenue, Good Help (Is So Hard to Find), Black Sun


1. BADLANDS - Halsey


fui e voltei sobre a moça e seu respectivo álbum, ainda naquele mês maluco em que a gente topou escrever o mês inteiro (COMO PUDEMOS?, eu me pergunto), e foi disparado o álbum que mais ouvi esse ano. Mal posso esperar pra ver menina Halsey ano que vem (e berrar cantando todas as músicas do BADLANDS). 
♥♫ Gasoline,  Roman Holiday, Colors

sábado, 29 de agosto de 2015

A moça destruidora de cabelo azul

Ou: Welcome to the BADLANDS.

Assim, eu não entendo muito de música, nem de TV, nem de filme. Eu só entendo que curto ou não curto, por x e y motivos. Mas assim, quando eu curto uma coisa, eu curto mermo. Não paro de falar sobre, quero consumir tudo o que aquilo tem pra me proporcionar, e saio pregando a palavra pros migos até que eles enchem o saco e param de resistir ou me mandam catar coco

Então long story short: escutem Halsey. Agora. Abram o Spotify, o YouTube ou sei lá o lugar em que vocês escutam música e pesquisem Halsey. E escutem. Agora. De preferência o Spotify porque a moça lançou o primeiro álbum dela ontem e, gente, que destruidor.

you can sit on my face anytime you want
Aqui eu falei como eu conheci a mina, mas, repetindo, foi no Tumblr. Vi muito dos meus following rebloggando foto da moça, e eu lá, sem saber quem era, só achando muito bonita. Não levou muito pra eu descobrir que ela era uma cantora americana e num sábado qualquer eu decidi pesquisar as músicas. 

é real
Não lembro quando foi a última vez que fiquei tão viciada tão rápido em alguma banda/cantora/cantor novo, só sei que com Halsey foi um uphill maravilhoso. E ele ainda não parou.

Escutei as poucas músicas que ela já tinha lançado no repeat. Por semanas. Minha irmã acabou escutando junto por tabela, e curtindo. As músicas fazem parte de um EP lançado ano passado, o Room 93, e as antecipações de músicas que ela lançaria no álbum de estreia dela, o Badlands. 

A Halsey (um anagrama do nome original dela e uma rua de NYC) que na real é Ashley Nicolette Frangipane, tem 20 anos (!!!), tem dois irmãos mais novos, é biracial (pai afroamericano e mãe italiana-americana), e cresceu sempre meio metida com música. Ela ganhou mais visibilidade desde que começou a abrir os shows do Imagine Dragons e têm sido muito falada por terras estadunidenses.  Antes disso ela já era mais ou menos conhecida no YouTube e até uma música pro Harry Styles e pra Taylor Swift ela escreveu e cantou. Mas a gente não precisa falar disso porque essas são informações de fácil acesso, é jogar o nome dela no Google que elas aparecem com facilidade.

A gente só precisa falar sobre o BADLANDS (deluxe). Gente, o que falar sobre o Badlands? Talvez o meu segundo álbum favorito do ano, quase empatado com o Kintsugi. Um álbum assim, que não perdoa mesmo, sabe? Destrói tudo. E é TODO fechadinho. Tudo combina. A ~vibe~ que a Halsey construiu e colocou nele é muito boa, meio louca, meio confusa, meio badass e meio sexy também.

Que tal abrir ele no Spotify e vir comigo? Vamo?

actual fairy halsey
O álbum começa bem, com a música Castle toda trabalhada numa ideia mágica de they wanna make me their queen, ela abre a ~porteira~ pra experiência maravilhosa que é chegar na Badlands. Logo em seguida vem Hold Me Down, uma música que nem pede licença e já te dá um coice de badassery nas fuças. Eu não precisei de muito pra cantar ela inteirinha (ela é super cantável, gente), e chuto dizer que das músicas que vazaram antes do lançamento do álbum, essa seja a mais empolgante e consistente dentre elas. Lodo depois a Halsey não nos dá nem um tempinho pra tentar uma recuperação e já joga um survival of the richest / the city's ours until the fall / they're Monaco and Hampton's bound / but we don't feel like outsiders at all em New Americana e mostra que né, sabe e muito a que veio. A quarta música do álbum, Drive, é toda ambientadinha dentro do interior de um carro e cês não tem noção do quanto ficaram legais os ~barulhinhos~ dele na música, além disso a guria did it again quando canta que all we do is drive / all we do is think about the feelings that we hide / all we do is sit in the silence waiting for a sign, sick and full of pride / all we do is drive. Ambas músicas três e quatro foram lançadas antes do álbum vazar, mas com pouco tempo de antecedência.

Hurricane, outra música que vazou antes do CD e tá presente no EP do ano passado, é uma que de certeza todas as HBIC tem na playlist do celular, afinal, I'm a wanderess / I'm a one night stand / don't belong to no city / don't belong to no man / I'm the violence in the pouring rain / I'm a hurricane. Já Roman Holiday é a cota música fofa do CD, tem uma pegada meio ~vamos dar as mãos e correr na praia~ e agora tô a fim de correr na praia com essa música tocando ao fundo. Vai acontecer? Claro que não. Imagina a pieguices da cena. A #7 é a Ghost, que é o primeiro single do Badlands. O clipe oficial já tem mais de 4 milhões de visualizações e é puro amor. A música foi a primeira que eu escutei (a que deu ensejo ao print ali em cima) e, apesar de não ser minha favorita hoje em dia, ela é uma boa pedida pra conhecer o trabalho da moça. Agora Colors gente... O que falar de Colors? O QUE FALAR DE COLORS? Já na primeira escutada do álbum ela virou minha #fave. É extremamente viciante, e boa, e foda, e eu tô amando muito essa música. MUITO!!!!!!!!!!! Colors, Pt. 2 é uma pausa pra respirar, tomar um copo d'água, esvaziar a mente numas batidas meio chill. Na viagem que é esse álbum, essa seria a hora de parar no posto pra esticar as pernas. Depois vem Strange Love que parece uma resposta azeda pra gente que quer fazer a íntima (quem nunca passou por isso, né?), e é muito boa quando canta que they think I'm insane, they think my lover is strange / but I don't have to fucking tell them anything, anything / and I'm gonna write it all down, and I'm gonna sing it on stage / but I don't have to fucking tell you anything, anything. 


hair!!11!11111!! <3
A décima primeira música do álbum é a Coming Down, essa na viagem pelo Badlands é o momento em que a gente dá uma desacelerada no carro. Na primeira vez que ouvi ela me pareceu a mais destoante do estilo do CD, mas foi só na primeira vez também; na segunda eu já estava adorando e a achando muito necessária. Aí vem Haunting pra nos deixar com um refrãozinho muito do bem construído, cheio das batidas, na mente. O início é uma coisa meio psicodélica e, por óbvio, é d+. Gasoline tem o melhor começo de música do álbum, ele me lembrou um pouco a cultura asiática, e filmes feito Lost in Translation. Mas as comparações param aí, porque é a cantoria começar que a coisa explode. Mas é na música seguinte, Control, que na minha humildji opinião, a gente tem o vocal mais poderoso dela no álbum inteiro, ela faz isso cantando sobre ser bigger than my body / I'm colder than my home / I'm meaner than my demons / I'm bigger than these bones. 

É na finaleira do álbum que temos menina Halsey fazendo a Mc Mayara com sua pepeca de ouro quando diz que if you wanna go to heaven you should fuck me tonight em Young God, que tem a participação de alguma voz de fundo masculina. A penúltima música do deluxe dá uma sensação de closure ENORME pro álbum. Se na primeira canção ela cantou sobre ser transformada em uma rainha, aqui ela pergunta se a gente se sente feito um jovem deus (hehe), e ainda ainda conta com um jogo de remixes (ou sei lá o que) muito bom na partezinha que canta que we'll be running, running, running, again.

Pra fechar a versão deluxe do álbum com chave de ouro, a Halsey faz um cover da conhecidíssima música do Johnny Cash, I Walk the Line. Eu não usava a expressão earporn há anos mas é a que mais fielmente se encaixa na hora de classificar essa versão da música. Escutem ela, ela é ótima e muitcho sexy, gente!!!

THE CUTEST!!!!!!!! e pls me bja por favor poxa nunca te pedi nada
No geral, o álbum é bem denso e marcante. A voz da moça destruidora de cabelo azul é poderosa e conquista fácil. O estilo de música é uma mistura das coisas que dão certo de outras cantoras de indie pop, e ainda assim é super original.

Eu aposto todas as minhas fichas que a Halsey vai ser um estouro mundial e que não vai dar muito pra gente estar escutando ela tocando em rádios e festinhas daqui do Brasil.

Tô fazendo desde já reza brava pra que ela venha pro Lolla, e também fico ensaiando cantadas que daria nela caso um dia pudesse falar com a guria. Eu sou ridícula assim mesmo.

Nota: ★★★★★

BEDA (blog everyday in august) #29
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Maira Gall