Assim, eu não entendo muito de música, nem de TV, nem de filme. Eu só entendo que curto ou não curto, por x e y motivos. Mas assim, quando eu curto uma coisa, eu curto mermo. Não paro de falar sobre, quero consumir tudo o que aquilo tem pra me proporcionar, e saio pregando a palavra pros migos até que eles enchem o saco e param de resistir ou me mandam catar coco.
Não lembro quando foi a última vez que fiquei tão viciada tão rápido em alguma banda/cantora/cantor novo, só sei que com Halsey foi um uphill maravilhoso. E ele ainda não parou.
Escutei as poucas músicas que ela já tinha lançado no repeat. Por semanas. Minha irmã acabou escutando junto por tabela, e curtindo. As músicas fazem parte de um EP lançado ano passado, o Room 93, e as antecipações de músicas que ela lançaria no álbum de estreia dela, o Badlands.
A Halsey (um anagrama do nome original dela e uma rua de NYC) que na real é Ashley Nicolette Frangipane, tem 20 anos (!!!), tem dois irmãos mais novos, é biracial (pai afroamericano e mãe italiana-americana), e cresceu sempre meio metida com música. Ela ganhou mais visibilidade desde que começou a abrir os shows do Imagine Dragons e têm sido muito falada por terras estadunidenses. Antes disso ela já era mais ou menos conhecida no YouTube e até uma música pro Harry Styles e pra Taylor Swift ela escreveu e cantou. Mas a gente não precisa falar disso porque essas são informações de fácil acesso, é jogar o nome dela no Google que elas aparecem com facilidade.
A gente só precisa falar sobre o BADLANDS (deluxe). Gente, o que falar sobre o Badlands? Talvez o meu segundo álbum favorito do ano, quase empatado com o
Kintsugi. Um álbum assim, que não perdoa mesmo, sabe? Destrói tudo. E é TODO fechadinho. Tudo combina. A ~vibe~ que a Halsey construiu e colocou nele é muito boa, meio louca, meio confusa, meio badass e meio sexy também.
Que tal abrir ele no Spotify e vir comigo? Vamo?
 |
actual fairy halsey |
O álbum começa bem, com a música
Castle toda trabalhada numa ideia mágica de
they wanna make me their queen, ela abre a ~porteira~ pra experiência maravilhosa que é chegar na Badlands. Logo em seguida vem
Hold Me Down, uma música que nem pede licença e já te dá um coice de badassery nas fuças. Eu não precisei de muito pra cantar ela inteirinha (ela é super cantável, gente), e chuto dizer que das músicas que vazaram antes do lançamento do álbum, essa seja a mais empolgante e consistente dentre elas. Lodo depois a Halsey não nos dá nem um tempinho pra tentar uma recuperação e já joga um
survival of the richest / the city's ours until the fall / they're Monaco and Hampton's bound / but we don't feel like outsiders at all em
New Americana e mostra que né, sabe e muito a que veio. A quarta música do álbum,
Drive, é toda ambientadinha dentro do interior de um carro e cês não tem noção do quanto ficaram legais os ~barulhinhos~ dele na música, além disso a guria
did it again quando canta que
all we do is drive / all we do is think about the feelings that we hide / all we do is sit in the silence waiting for a sign, sick and full of pride / all we do is drive. Ambas músicas três e quatro foram lançadas antes do álbum vazar, mas com pouco tempo de antecedência.
Hurricane, outra música que vazou antes do CD e tá presente no EP do ano passado, é uma que de certeza todas as HBIC tem na playlist do celular, afinal,
I'm a wanderess / I'm a one night stand / don't belong to no city / don't belong to no man / I'm the violence in the pouring rain / I'm a hurricane. Já
Roman Holiday é a cota música fofa do CD, tem uma pegada meio ~vamos dar as mãos e correr na praia~ e agora tô a fim de correr na praia com essa música tocando ao fundo. Vai acontecer? Claro que não. Imagina a pieguices da cena. A #7 é a
Ghost, que é o primeiro single do Badlands. O clipe oficial já tem mais de 4 milhões de visualizações e é puro amor. A música foi a primeira que eu escutei (a que deu ensejo ao print ali em cima) e, apesar de não ser minha favorita hoje em dia, ela é uma boa pedida pra conhecer o trabalho da moça. Agora
Colors gente... O que falar de Colors? O QUE FALAR DE COLORS? Já na primeira escutada do álbum ela virou minha #fave. É extremamente viciante, e boa, e foda, e eu tô amando muito essa música.
MUITO!!!!!!!!!!!
Colors, Pt. 2 é uma pausa pra respirar, tomar um copo d'água, esvaziar a mente numas batidas meio chill. Na viagem que é esse álbum, essa seria a hora de parar no posto pra esticar as pernas. Depois vem
Strange Love que parece uma resposta azeda pra gente que quer fazer a íntima (quem nunca passou por isso, né?), e é muito boa quando canta que
they think I'm insane, they think my lover is strange / but I don't have to fucking tell them anything, anything / and I'm gonna write it all down, and I'm gonna sing it on stage / but I don't have to fucking tell you anything, anything.
 |
hair!!11!11111!! <3 |
A décima primeira música do álbum é a
Coming Down, essa na viagem pelo Badlands é o momento em que a gente dá uma desacelerada no carro. Na primeira vez que ouvi ela me pareceu a mais destoante do estilo do CD, mas foi só na primeira vez também; na segunda eu já estava adorando e a achando muito necessária. Aí vem
Haunting pra nos deixar com um refrãozinho muito do bem construído, cheio das batidas, na mente. O início é uma coisa meio psicodélica e, por óbvio, é d+.
Gasoline tem o melhor começo de música do álbum, ele me lembrou um pouco a cultura asiática, e filmes feito Lost in Translation. Mas as comparações param aí, porque é a cantoria começar que a coisa explode. Mas é na música seguinte,
Control, que na minha humildji opinião, a gente tem o vocal mais poderoso dela no álbum inteiro, ela faz isso cantando sobre ser
bigger than my body / I'm colder than my home / I'm meaner than my demons / I'm bigger than these bones.
É na finaleira do álbum que temos menina Halsey fazendo a Mc Mayara com sua pepeca de ouro quando diz que
if you wanna go to heaven you should fuck me tonight em
Young God, que tem a participação de alguma voz de fundo masculina. A penúltima música do deluxe dá uma sensação de closure ENORME pro álbum. Se na primeira canção ela cantou sobre ser transformada em uma rainha, aqui ela pergunta se a gente se sente feito um jovem deus (
hehe), e ainda ainda conta com um jogo de remixes (ou sei lá o que) muito bom na partezinha que canta que
we'll be running, running, running, again.
Pra fechar a versão deluxe do álbum com chave de ouro, a Halsey faz um cover da conhecidíssima música do Johnny Cash,
I Walk the Line. Eu não usava a expressão
earporn há anos mas é a que mais fielmente se encaixa na hora de classificar essa versão da música. Escutem ela, ela é ótima e muitcho sexy, gente!!!
 |
THE CUTEST!!!!!!!! e pls me bja por favor poxa nunca te pedi nada |
No geral, o álbum é bem denso e marcante. A voz da moça destruidora de cabelo azul é poderosa e conquista fácil. O estilo de música é uma mistura das coisas que dão certo de outras cantoras de indie pop, e ainda assim é super original.
Eu aposto todas as minhas fichas que a Halsey vai ser um estouro mundial e que não vai dar muito pra gente estar escutando ela tocando em rádios e festinhas daqui do Brasil.
Tô fazendo desde já reza brava pra que ela venha pro Lolla, e também fico ensaiando cantadas que daria nela caso um dia pudesse falar com a guria. Eu sou ridícula assim mesmo.
Nota:
★★★★★
BEDA (blog everyday in august) #29