quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Resumão 2014, ou o maior post do blog

Antes de mais nada, 2014 foi mais um ano de promessas que não cumpri. Prometi que ia ler mais, acabei vendo mais série. Prometi que ia começar academia, durou até abril. Prometi que ia me preocupar menos, continuei com quase todas as mesmas paranóias. Mais do mesmo. Vocês sabem.

No geral, 2014 foi um ano mediano. Com momentos muito bons, e momentos péssimos.

No primeiro do ano, às 12h, levei um dos maiores sustos da vida quando vi meu pai tendo um piripaque na minha frente. Não desejo pra ninguém, e não sei se em algum momento do futuro próximo ou longo vou esquecer daquela imagem. No final das contas, deu tudo certo. Ele faz piada dizendo que é o Iron Man porque colocou um aparelho no coração. Eu dou risada junto, porque agora, no final das contas, eu posso dar risada. Naquela hora, no dia primeiro de janeiro, eu não podia. Não tinha como.

Na metade de janeiro, conheci o meio do mato e acampei pela primeiríssima vez. O medo constante de encontrar 207 aranhas ou 19 cobras não conseguiram fazer daquela experiência menos mágica. Comi sanduíche até não poder mais. Caí na água. E deixei queimar alguns marshmallows na fogueira.

No final de Janeiro eu passei por um momento horrível, desesperador, onde eu pensei que meu futuro ia correr água abaixo por causa de uma confusão do meu trabalho. Eu chorei. Muito. Eu fiquei andando feito um zumbi, pirando, sem falar direito, por mais de semana. Prometi pra mim mesma que não ia ficar naquele inferno por mais tempo. Não fiquei.

Em janeiro eu também assisti praticamente todas as temporadas de Sons of Anarchy.

Fevereiro chegou e me mandou pro litoral assistir Offspring com os meus amigos. Ver o sol nascer, enquanto desejava muito estar com um biquíni por baixo pra poder me atirar na água às 6 da manhã, foi um momento muito marcante do meu ano. Foi divertido. Até esperar uma hora em uma fila pra andar de roda gigante foi divertido.

Fevereiro também me deu uma chance de sair do inferno que mencionei uns parágrafos acima. Em março comecei a estagiar em outro escritório, e gente: que coisa bem boa. Quando você se sente bem em um ambiente de trabalho, você percebe que não vale a pena se sujeitar a levar paulada na cabeça em um ambiente que só te traz pra baixo.

Me livrar daquele peso, que vinha me arrastando por meses, mais de ano, foi como poder respirar novamente depois de brincar de segurar o ar embaixo da água. Limpou a alma.

O mês três chegou e me apresentou a uma nova cidade maravilhosa chamada Stars Hollow. Assisti uma temporada inteira de Gilmore Girls em um final de semana. 

Naquele final de semana eu precisei pedir arrego pra mamãe (as in: pedir chá) porque comi tanto que cheguei a passar mal. Eu nunca comi tanto a ponto de passar mal. Até que comi. 

Em abril passei a tesoura sem dó no meu cabelo. Nunca tinha feito isso. Ah, o arrependimento... A única coisa que sobrou de bom depois de dar adeus pro meu cabelo na cintura e cumprimentar o meu novo cabelo no pescoço foi que nunca mais senti dor na cabeça ao amarrar as crinas, ou dor no braço de secar e passar a chapinha. Mas doeu muito não poder fazer meus coques-alhos.

Miss u, cabelin.
Abril também foi um mês triste; foi esmagador tentar assimilar que uma pessoa que até pouco tempo atrás podia pegar no teu pé e dos teus amigos pra não beber, e marcar o nível das bebidas com caneta, não ia mais poder fazer isso porque o destino, a injustiça do destino, decidiu levar ele pra longe. Foi dolorido abraçar meu amigo tentando dizer que ia ficar tudo bem. Embora a gente já saiba que fica, sim. Tudo bem, quero dizer. Foi às três da manhã de uma terça-feira. Eu não vou esquecer.

Em meados de maio, fui comer cupcake com a minha amiga e de alguma maneira a gente decidiu fazer algo diferente no final do ano. Horas depois, caí da cadeira dançando/cantando Wrecking Ball. Juro pra vocês que não escutei mais essa música depois desse fatídico dia.

Junho chegou e adivinhem quem chegou junto? ISSO MESMO. A Copa das Copas. Nem fã de futebol eu sou, mas passei momentos de tremedeira, felicidade e raiva assistindo a seleção jogar. Classic Ana Claudia. De quatro em quatro anos é sempre assim. Além disso, nada muito eu fiz de bom. Quer dizer, eu assisti todas as (duas, uau) temporadas de House of Cards. Então eu acho que é algo.

Julho chegou e ficou marcado por a) minha sobrevivência a uma péssima quinta-feira b) minha sobrevivência depois de arrancar um pedaço do tornozelo com uma gilete e c) minha sobrevivência depois de ser direcionada pr'aquela conhecida fase: oh, no, tô ficando mais velha! Obs.: é claro que eu ia comemorar o fato c) na noite mais gelada do ano, porque é claro que a noite do meu aniversário ia ser noite de temperatura negativa. Bem meu tipinho. Bem o tipinho do universo fazer isso.

Agosto... Eu nem sei. Agosto foi mês de planejar ainda mais o final do ano, setembro foi mês de briga-sem-noção-e-nada-requisitada. Outubro e novembro eu nem vi passar. Só sei que passou rápido porque do nada eu já estava assistindo Mockingjay no cinema, e do nada eu estava sofrendo com as minhas provas finais. E mais do nada ainda, eu já estava xingando os episódios finais de Sons of Anarchy no Twitter (afinal, a girl's gotta do what a girl's gotta do).

E agora aqui estamos. Em Dezembro. Mês de passar calor, comer muito. Fazer promessas. Sofrer de ansiedade. Aquele clássico combo final de ano. 

E por mais que esse ano tenha tropeçado entre altos e baixos (o que me remete a um texto muito velho e muito vergonhoso de um blog que eu enterrei no passado sobre como a vida é uma montanha-russa), não considero que ele tenha sido ruim. Mediano, mas não ruim. 

Sei que o segundo semestre do ano sempre brinca de voar, mas esse ano, como toda boa jovem-com-pensamentos-de-velho, passou rápido demais.

#momentos
Espero que o tempo, ou a impressão que eu tenho do tempo, dê uma freada, pois, se continuar assim, daqui a pouco vou estar com 30 anos querendo viver os vinte de novo, porque meu Deus: tá passando rápido demais.

No geral, aproveitei o ano (na medida do possível). Dei meus escorregões. Dancei, li, vi TV, chorei. Bebi de ficar alegre. Bebi de passar mal. Cuidei de bêbado. Caí. Aprendi a mais ou menos pintar as unhas. Fiz um ano de blog sem desistir. Dei chance pra Taylor Swift. Dei chance pra Friends. Briguei com amigos próximos. Desculpei pessoas. Pedi desculpa. Fiz waffle e comi com sorvete. 

Conheci gente nova.

Aprendi muito em dois mil e quatorze. Aprendi com ele, aprendi nele.  

E o melhor: reconheci muito também. 

Não vou virar o ano fazendo mil promessas (tá, só algumas, porque tipo... Eu realmente quero um Kindle!), mas vou virar o ano tentando me livrar daquilo que não me faz bem. É batido, mas é mais fácil quando você consegue aos poucos apontar as coisas que realmente não te fazem bem. E se eu consegui deixar pra trás coisas que quando eu tive que lidar pareciam impossíveis, agora que sei que é possível sim se livrar do que é ruim... Bem, fica mais fácil, né? 

No mais, meu ano em números foi mais ou menos assim: episódios de séries assistidos: 762 (é...); livros lidos: 12 (que vergonha!); filmes assistidos: 54 (I'm a lazy movie watcher). Fiz 10 matérias na faculdade e passei em todas. Fui em dezessete festas. Fiquei pra fora de 1. Enfiei o pé na jaca com bebida apenas duas vezes. Comprei só quatro peças de roupa, e essa é uma vitória pessoal. Perdi as contas de quantas vezes dancei Smiths pelo quarto. Ou quantas vezes tentei cantar Kanye West e falhei miseravelmente... Perdi muitas contas, pra falar a verdade.

Pra não me estender em contas perdidas, desejo então um Feliz Natal e um maravilhoso Ano Novo pra vocês, meu pequeno público e pessoas lindas que conheci graças ao blawg. Espero que 2015 chegue com o gás todo e que vocês busquem nele tudo aquilo o que almejam, porque o ano sozinho não vai trazer nada (talvez traga perrengue, mas vocês superam. A gente supera (ou choramos juntos)). Se tudo der certo, volto em 2015 com fotos dasoropa pra vocês. 

(se nada der certo, não se preocupem, eu volto pra chorar as pitangas. Eu espero).

4 comentários

  1. Anaaaaaaaa, que delícia de post.
    Eu amo, A-M-O posts de retrospectivas, e adorei a forma como tu conseguiu ir inserindo cada acontecimento ao longo do texto, como se eu tivesse participado de tudo (em partes participei, lendo o blog <3)

    "Sei que o segundo semestre do ano sempre brinca de voar, mas esse ano, como toda boa jovem-com-pensamentos-de-velho, passou rápido demais." CARACA. Eu tava pensando exatamente isso. E também espero que o tempo desacelere um pouco porque essa sensação de que tudo está indo rápido demais não me abandona.

    Já deixo aqui meus votos de FELIZ NATAL e PRÓSPERO ANO NOVO, que 2015 seja repleto de acontecimentos bons pra você nos presentear com textos. E acontecimentos ruins sempre estarão presentes, mas que nos rendam algum aprendizado.

    Nos vemos por aí!

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  2. Lendo teu post fiquei pensando que há tempos quero fazer um post assim, de retrospectiva, mas NUNCA DÁ CERTO porque eu sou uma pessoa verborrágica demais (no quesito escrita; no quesito fala, sou caladíssima, mas enfim) e teria de fazer um texto para cada mês do ano, porque olha... risos. Por isso minhas retrospectivas sempre se dão por fotos. Didático.

    Mas olha, 2014 não foi fácil pra ninguém. Que ano bem aloprado, gente.
    Também assisti mais séries do que filmes. Li mais do que nos outros anos (102 livros até agora, eeeeh o/ ), mas tentarei assistir mais filmes ano que vem porque estou mega desatualizada e nem só de leituras uma traça vive, risos.

    Agora, deixa eu falar que SEU CABELO <333333333333 Também cortei o cabelo este ano (pela primeiríssima vez tão curto assim) e ainda não acostumei direito com minha visão no espelho sem as tranças da Rapunzel, hahahaha, mas é ótimo pra o verão e mega prático, especialmente para uma aquariana como eu que nunca foi de cuidar muito de cabelo. :p

    Mas é isso. Que 2015 não seja totalmente bom (porque aí não tem graça, sabemos), mas que seja motivador, que nos dê impulso para sermos quem queremos ser. Feliz Natal, ótimo ano novo (caso eu não passe por aqui antes, obviamente) e tudibom pra você, guria!

    Kissus ;*

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  3. Acho que todo mundo está com uma sensação estranha com relação a esse ano. Foi rápido, devagar, aconteceu muita coisa, foi muito bom em alguns momentos e terrível em outros. Acho que pelo menos me baseando pelo seu, de qualquer modo, foi um ano bem vivido - e isso sempre é bom, né?

    Boa viagem e feliz ano novo! :)

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  4. Final de ano: época de comida de promessas e de ansiedade. Concordo demais com você nisso.

    Gostei muito da sua retrospectiva. Eu sou bem ruim com elas, e evito. Ano que vem hei de começar um Projeto de Tumblr (TM) e talvez em 2015 eu consiga escrever uma. Acho que é estranha essa nossa mania de avaliar um ano como bom/ruim, como se o espaço de 365 dias fosse realmente um bom modo de separar uma parte da sua vida, sabe...? Acho que não estou fazendo muito sentido, mas o que eu queria dizer é que, no fim das contas, são *dias* bons ou dias ruins, e todo mundo passa um pouquinho pelos dois, né? Por isso, muitos dias bons pra nós em 2015. Feliz ano novo!
    Beijo!

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